Dia desses eu
navegava pelo Facebook, olhando os posts dos amigos, rindo um pouco com algumas
coisas bem divertidas e me deparei com a seguinte frase: “Ainda tem gente que
compra CD”. Putz! Mas é claro que tem, e eu faço parte deste grupo! Tudo bem
que não tenho adquirido nada ultimamente, mas adoro comprar CDs. A autora da
frase é uma amiga que chamo carinhosamente de “Patpim” (uma junção do início de
seu nome com o final do sobrenome), talentosa fotógrafa, de olhar tão atento
quando sensível. Uma artista! Ela ainda completou: “Acabo de comprar esse, vou
ouvir no talo”. Eu também ouviria.
A aquisição da
Patpim é nada mais nada menos do que Legends
of Soul: The very best of Aretha Franklin & Otis Redding. Fala sério,
aí é covardia! São duas “bolachinhas” que somam 42 dos maiores clássicos da
Soul Music. É até difícil pensar em uma preferida, mas confesso que Otis cantando
Try a little tenderness ou Satisfaction é demais. E a Aretha em Chain of fools ou Never let me go? É de arrepiar! Nem vou ficar falando sobre os
discos porque vai ser uma “babação” sem fim. Só posso dizer que a minha amiga
mandou muito bem nesta escolha.
Mas é claro que eu
quis saber detalhes sobre a aquisição, e aí curti ainda mais a história, pois
foi algo muito semelhante ao que aconteceu comigo quando comprei o Mandinga, do André Christovam (já escrevi sobre este episódio aqui no
Vitrola). Ela me contou que caminhava pela João Cachoeira (uma das
principais ruas do bairro Itaim, na capital paulista) quando foi atraída por um
som marcante vindo de uma loja de discos.
Reconheceu a voz do
Otis e, sem pestanejar, entrou. Foi direto ao dono do estabelecimento, que,
segundo ela, é o suficiente para cuidar de uma loja de CDs atualmente (em tom
de brincadeira, claro). Quando pergunto o que estava tocando, o cara
apresentou-lhe o álbum duplo que custava R$ 50. Por um momento ela titubeou,
mas apenas por um momento. Bastou uma conversinha rápida com a consciência para
manter o curso do final feliz: “É tão bacana ter um CD original bom! Acho que
alguns clássicos valem a pena”.
A Patpim ainda chorou um descontinho, mas não teve sucesso. Não custa nada tentar, não é verdade? Tenho certeza de que os cinquenta mangos foram muito bem investidos, e já se pagaram em seguida, pois garantiram a trilha sonora da viagem para a praia. E também estou certo de que o pessoal das gravadoras deve gostar bastante de ouvir histórias assim. Por falar nisso, já está na hora de um novo passeio pelas lojas da Galeria do Rock.
Para fechar, fica aí um pouquinho de Aretha, interpretando Respect, uma das preferidas da minha amiga Patpim.
A Patpim ainda chorou um descontinho, mas não teve sucesso. Não custa nada tentar, não é verdade? Tenho certeza de que os cinquenta mangos foram muito bem investidos, e já se pagaram em seguida, pois garantiram a trilha sonora da viagem para a praia. E também estou certo de que o pessoal das gravadoras deve gostar bastante de ouvir histórias assim. Por falar nisso, já está na hora de um novo passeio pelas lojas da Galeria do Rock.
Para fechar, fica aí um pouquinho de Aretha, interpretando Respect, uma das preferidas da minha amiga Patpim.