sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Homenagem ao Blues “Brazuca”


Já ouviu um som que conhece mas não conseguiu identificar de imediato? Outro dia, passei por isso quando olhava a vitrine de uma das muitas lojas de discos da Galeria do Rock, na R. 24 de Maio – no bom e velho centrão de Sampa. Assim que saquei o que era, entrei e perguntei, na lata: “Qual o preço deste CD que está tocando?”. O vendedor parecia satisfeito por ver que reconheci aqueles acordes. Era o disco Mandinga, do André Christovam, um dos principais nomes do Blues nacional. Comprei, claro!
Produzido no final dos anos 1980, Mandinga reúne 12 faixas sensacionais, condizente com a qualidade técnica dos músicos, como o próprio André, o baterista Alaor Neves e o baixista Márcio Vitulli (tem mais gente do mesmo “nipe” no disco). Escolher uma predileta entre as músicas seria sacanagem, mas duas delas me divertem bastante: Genuíno pedaço do Cristo e So Long Boemia.
Além da admiração natural que tenho por André Christovam, por adorar Blues e guitarra, tive a oportunidade de entrevistá-lo, por telefone, quando ainda estava na faculdade (faz teeeempo...). Escrevi uma matéria sobre guitarristas de São Paulo, que tentei emplacar na antiga revista Top Rock, onde trabalhava uma amiga de sala. Cheguei a falar também com Wander Taffo, Faíska e Hélcio Aguirra, mas o editor não curtiu meu texto, talvez pela empolgação de quem falava de músicos que admirava demais.
O papo com André Christovam me surpreendeu, pois rendeu muito. Até esperava que ele fosse simpático, mas não imaginava que seria tão atencioso com um estudante de jornalismo com quem ele jamais falara antes. Detalhe: descobri o telefone da casa dele e liguei na maior cara de pau. Além da conversa sobre música, o cara ainda me contou sobre sua paixão pelo Santos Futebol Clube (e a amizade com o zagueiro Ronaldão e o goleiro Zetti) e pelo boxer que aparece na capa de outro de seus discos.
Se você gosta de Blues, eu recomendo. E já que 2011 está acabando, que 2012 venha com muita “sonzêra” e o volume bem alto! Feliz ano novo!
 
 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Se faltava incentivo...

Este é especificamente para aquela galera com quem tenho conversado sobre o Vitrola Secrets e que me diz não ter coragem de contar seus segredos discográficos. Que é isso, não precisa fazer charminho. É só entrar e soltar o som. Ou, se preferirem, podem me contar em "off" que eu escrevo aqui o milagre sem revelar o santo.
Para mostrar o quanto sou solidário com esse pessoal, quero compartilhar uma das facetas do meu histórico cultural: eu já fui DJ! Basta ver a foto que coloquei aí embaixo. Foi bom ter começado bem cedo porque também percebi logo que deveria procurar outra coisa para fazer na vida. O que também foi muito bom para os meus amigos que têm o dom de pilotar uma pickup (eles certamente preferem me ver escrevendo).
Deixando a brincadeira de lado, eu devia ter uns três ou quatro anos quando paguei este mico mirim para o álbum de família. E, hoje, já passadas quatro décadas de existência, agradeço a meus pais por terem me proporcionado tal momento. Além disso, o apego pela música me fez muito bem. Afinal de contas, aqui estou, escrevendo isso tudo.
Bom, agora não tem mais desculpa, hein?! Quem tem história bacana pra contar sobre sua discoteca, chega junto, sem firulas. Estamos esperando!