Semana passada, mais precisamente no dia 25, fez sete anos
que o mundo recebeu a triste notícia da morte de Michael Jackson, bem quando o
astro se preparava para iniciar a turnê This
Is It. Após tantas complicações na carreira e em sua vida particular, o
público estava ansioso para vê-lo brilhar uma vez mais. Definitivamente, foi um
baque. Aos milhões de fãs, ficaram os registros de sua obra; para alguns em
especial, também a lembrança de ótimas histórias. Como a contada ao Vitrola
Secrets por Jair Oliveira, multi-intrumentista, compositor, arranjador, intérprete
e uma figura de extrema simpatia.
Entre os vinis que marcaram a vida – e certamente a carreira –
de Jair está Bad, sétimo álbum de
estúdio de Michael. Lançado em setembro 1987 pelas gravadoras Epic e CBS,
trazia uma enorme expectativa, pois era o primeiro depois de Thriller, o disco mais vendido de todos
os tempos (algo em torno de 65 milhões de cópias). “Comprei assim que saiu”,
lembra Jair. Mas sua cópia mais valiosa ainda estava por vir. A CBS realizou um
evento especial de lançamento do disco na Up&Down, uma famosa casa noturna
da época, localizada nos Jardins, bairro nobre da cidade de São Paulo. Naquela
festa, Jair ganhou uma versão estilizada de Bad.
“Havia uma capa exclusiva, toda branca, com a logo da casa e o nome do Michael”.
No ano seguinte, Jair foi convidado para ver um show da turnê
de Bad em Atlanta, nos Estados
Unidos. Não teve dúvidas: levou seu disco disposto a conseguir um autógrafo do
ídolo. Na correria da preparação para a viagem, acabou pegando aquele da
Up&Down. Eis que a expectativa virou realidade e Jair teve acesso ao
camarim de Michael. “Foi um encontro incrível. Mas só permitiam tirar fotos com
ele se fossem feitas pelo fotógrafo oficial, que não estava lá naquele momento.
O próprio Michael se ofereceu, então, para autografar meu disco.” Foi aí que
veio a surpresa.
Como já era de se esperar, Michael estranhou a capa e comentou:
“Diferente, né?”. Também perguntou o que era Up&Down. “Tentei explicar para
ele, mas eu era muito moleque, não falava inglês direito e estava super
nervoso. Não sei se o Michael entendeu, mas o fato é que assinou o disco e
tenho essa raridade até hoje.” A gente compreende,
Jair. Quem nunca se viu meio sem jeito diante de alguém que muito admira? Por
falar nisso, em breve traremos uma história hilária sobre esse tipo de
situação.
Recentemente, Jair e sua irmã Luciana Mello, na companhia de
Walmir Borges, gravaram uma homenagem ao Michael Jackson. O trio fez uma bela e
descontraída interpretação de Human Nature.
Quem estiver a fim de ver o Jair de perto no próximo final de semana, há duas
opções. No sábado (2), às 14h, ele estará no Shopping Lar Center, na Zona Norte
da cidade, com um show gratuito dos Grandes Pequeninos, projeto musical muito
bacana criado por ele e sua esposa Tania Khalill e dedicado à criançadinha. No
domingo (3), às 17h, tem o show Jair Oliveira 30, também gratuito, no Auditório Beethoven, em Campinas.