sexta-feira, 30 de março de 2012

Uma “Conexão” com muito swing

Gostaria de me lembrar melhor como e quando comprei alguns discos. Às vezes pego um CD nas mãos, fico um tempão olhando a capa, admirando, lendo o encarte e me esforçando pra recordar de onde veio aquela raridade. O “Conexão Japeri” é um bom exemplo do que estou dizendo. Provavelmente, comprei-o em algum sebo ali pelos lados de Pinheiros (Zona Oeste de São Paulo), perto da R. Simão Álvares, onde trabalhei em meados da década de 90 (a data é só para parecer histórico).
O disco é de 1994 e, se não me engano, é o primeiro da Conexão Japeri, a banda que acompanhava o Ed Motta. Só por esse currículo já dá para sacar que os caras arrebentam, pois o nível de exigência técnica devia ser tão alto quanto para quem tocava com o “titio” Tim Maia. E também já fica claro qual é a pegada do som.
Parte da autodescrição que está no encarte desse meu CD é suficiente para entender quem é a banda: “Conexão Japeri é soul music à moda da casa, é rhythm and blues em verde e amarelo. É a estação imaginária onde a música negra americana se cruza com o suingue made in Brazil”. Gosto muito!
A primeira e a última faixa – “Paraíso” e “Japeri” – são as minhas prediletas. Mas curto cada uma das 12 músicas. Para quem gosta de “chacoalhar o esqueleto” – sim, a expressão é das antigas, pra combinar com o estilo “old school” –, é uma boa pedida. Tem até opção pra dançar de rosto colado  (é a minha sugestão aí embaixo). Eu rrrrrecomendo! 


quinta-feira, 22 de março de 2012

Família Lima: o talento é indiscutível

Já houve um tempo em que só tocava na minha vitrola um estilo específico de música, ou um seleto grupo de artistas. Pra falar de forma bem direta, o que não fosse Rock’n’Roll (e algumas pouquíssimas variações do tema), não passava nem perto. Mas consegui ampliar o campo auditivo e comecei a entender melhor o significado da palavra “talento” no universo musical. Não fosse essa condição, duvido que estaria aqui, agora, escrevendo sobre a Família Lima.
Pois é, na minha CDteca há um exemplar dessa galera, o “Família Lima ao vivo”, um presente de aniversário. Foi gravado em maio de 1999, no Canecão (RJ), e pelo barulho que se ouve da platéia a casa devia estar cheia. São várias interpretações de grandes sucessos nacionais e internacionais, clássicos de diversos estilos, quase sempre com muito violino. Uma das mais tocadas, se não me engano, é “Serenata Noturna”, de Mozart. Rola uma mistureba de violino erudito com ameaças de batidas de samba (?).
Há variações vocais interessantes que vão de “What a Wonderful World “(imortalizada na voz de Louis Armstrong) a “My heart Will Go One”, aquela mesmo da Celine Dion, tema de Titanic. E quem canta no disco? Lucas Scholles Lima, o marido da Sandy. Qual a minha preferida desse CD? Humm... Deixa eu ver... Ah! A faixa de abertura: “A Primavera”, das Quatro Estações de Vivaldi.
Como não encontrei um vídeo com boa qualidade para mostrar a talentosa família, resolvi postar esse aqui, com participação da Sandy. Ou vice e versa...




terça-feira, 6 de março de 2012

O raro “In Copulla” do Obana

Quando escolhi o disco que seria assunto deste post, fiz uma busca no Google para encontrar mais informações sobre o disco em questão, o “In Copulla” da Banda Obana. Os primeiros links que apareceram eram de lojas virtuais, anunciando o CD como raridade. “Uau! Então eu tenho o raro CD original da Banda Obana!”, foi o que pensei de primeira. E, na verdade, para mim, é mesmo um disco raro, pois me remete a um passado muito divertido.
Se não me engano, era meu último ano de faculdade e surgiu uma big festa, em uma sexta-feira, que prometia fazer história. O ingresso para o tão marcante evento era uma pechincha, talvez uns 10 ou 15 contos, e ainda ganhava um CD de um pessoal que eu não conhecia mas tinha uma capa engraçada com um leão “traçando” uma leoa. Sim, este é o “In Copulla”. E foi o que me restou da festa, pois não consegui encontrar o lugar. Quem esteve lá diz que foi mesmo histórica.
E não é que o disco é bem interessante? São 12 faixas marcadas por uma pegada meio Conexão Japeri, com rico instrumental – muita metaleira, percussão e um bom swing – e letras divertidas (como na faixa 11, “Adriana feia”). A frase que aparece na contracapa pode dar uma ideia do conceito dessa galera: “Obana Cultura Custo Zero”.