Neste meu primeiro post de 2016 a
“bolacha” vem em pacote: Led Zeppelin
Remasters. Lançada em 1990, essa coletânea traz boa parte – ou uma parte
muito boa – da discografia do Led Zeppelin, banda britânica o final da década
de 1960 que está na cabeceira de praticamente todo mundo que é fã do bom e
velho Rock’n’Roll. Além de contribuírem para o abandono global do hábito de
cortar os cabelos, Jimmy Page, John Bonham, John Paul Jones e Robert Plant
inspiraram uma penca de gente a tocar algum instrumento musical. Pudera, o som
dos caras é único e sensacional.
Pois bem, Sir Jimmy Page, o mago
da guitarra do Led, também conquistou súditos pela Freguesia do Ó, na Zona
Norte da cidade de São Paulo, região onde passei mais da metade da minha vida.
Mas a discoteca da vez é a de Guilherme Spilack. O cabra ficou hipnotizado ao
ouvir o Remasters que, justiça seja
feita, pertencia ao pai dele. Foi ali pela metade dos anos 1990 e sua família ainda
comemorava a compra de um aparelho para tocar CDs. Segundo ele, foi seu
primeiro contato com alguma coisa de Rock’n’Roll. A partir dali, sua vida
jamais seria a mesma. “Quando ouvi aquele som pensei: é isso que quero ser!”
E não é que ele levou a sério
esse negócio de ser “Rock Star”? Guilherme se tornou um guitarrista de mãos
cheias. Influenciado pelos riffs e
solos de Jimmy Page, buscou conhecimento, passou a estudar, praticar muito e a
investir em equipamentos de qualidade. Hoje, seus principais trabalhos são com
a Children of the Beast, banda cover do Iron Maiden na qual ele faz as vezes do
Dave Murray, e a StringBreaker and the StuffBreakers, um trio que faz Rock
instrumental na linha mais anos 1970. Dia desses contarei aqui uma boa e
divertida história sobre o disco gravado pela StringBreaker.
Guilherme também é professor,
como grande parte dos guitarristas brasileiros, e produtor fonográfico, algo
que imagino não ser tão comum na carreira de tantos músicos. Até pedi que me
explicasse melhor do que se trata. A atuação é ampla, mas a base da missão
desse profissional é olhar como um todo o trabalho do disco de uma banda ou um
músico e dar o melhor direcionamento até a gravação final. Me identifiquei,
pois é semelhante ao que faço como editor de uma publicação.
Parte do legado de Jimmy Page, a
Gibson Les Paul ganhou a preferência entre os instrumentos de Guilherme. “É uma
guitarra icônica, com som agressivo, mas ao mesmo uma lady, por causa de detalhes como as linhas, as curvas e os frisos”,
comenta ele, enamorado. A tradicional Fender Strato também é sua companheira:
“Ela é mais versátil e tem o som mais limpo”.
Conheci Guilherme faz pouco
tempo, por intermédio de um amigo em comum, o Marco “Lelo” Espindula (que vai me
ajudar a trazer muita gente bacana para cá). Após ouvir – e contar – a história
do Guilherme, agradeço à vitrola da família Spilack, pois além de aproximá-los
ainda abriu o caminho para surgir mais música boa.
Para celebrar essa história toda,
escolhi Black Dog, uma das faixas
mais tocadas do Led Zeppelin, principalmente por quem gosta de guitarra. Let’s
rock!
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